Vibe Coding: A nova forma de programar com IA
- JP
- 13 de abr.
- 4 min de leitura
Atualizado: 15 de abr.
Já imaginou criar um sistema apenas descrevendo o que ele deve fazer, sem escrever manualmente cada linha de código? Com o avanço dos modelos de linguagem natural, como o ChatGPT, isso não só é possível, como está se tornando uma nova forma de programar — e ganhou nome: Vibe Coding.
Popularizado por Andrej Karpathy, esse conceito propõe um jeito mais leve, rápido e criativo de desenvolver software com ajuda da inteligência artificial. Neste guia, você vai entender o que é, como funciona e como aplicá-lo com ferramentas modernas

O que é Vibe Coding?
Vibe Coding é um estilo de desenvolvimento onde você interage com uma IA (como o ChatGPT, Claude ou Copilot), descrevendo o que deseja em linguagem natural, e a IA gera o código correspondente.
Diferente do desenvolvimento tradicional, onde o programador digita tudo manualmente, o Vibe Coding incentiva a colaboração com a IA, transformando o processo em algo mais:
Iterativo: você gera, testa, ajusta e repete.
Expressivo: a IA interpreta intenções, não apenas comandos.
Criativo: dá espaço para prototipação rápida de ideias.
Por que o Vibe Coding é importante?
1. Acessibilidade para todos
Com Vibe Coding, qualquer pessoa com uma ideia pode começar a construir sem dominar uma linguagem de programação. Ideal para empreendedores, designers e analistas.
2. Velocidade
Descreva uma funcionalidade e, em segundos, você tem um código funcional para começar a testar. Isso reduz drasticamente o tempo de desenvolvimento de MVPs.
3. Foco na lógica e não na sintaxe
A IA cuida da parte técnica, enquanto você se concentra no raciocínio de negócio, na arquitetura e na usabilidade do software.
4. Menos reuniões, mais código
Equipes podem evitar etapas burocráticas, como longas validações de design docs, e ir direto ao protótipo.
Como aplicar Vibe Coding na prática
1. Comece com uma descrição clara
Antes de usar uma IA, pense como você descreveria o sistema para um colega técnico.Evite instruções vagas. Quanto mais específico for, melhor o resultado.
Exemplo ruim:
“Quero um site de cadastro.”
Exemplo bom:
“Crie uma API REST em Node.js com dois endpoints: POST /users (para cadastrar um usuário com nome e e-mail) e GET /users/{id} para buscar o usuário por ID. Armazene os dados em SQLite.”
Dica: use palavras como “usar”, “implementar”, “armazenar”, “validar”, “autenticar” para deixar sua intenção mais clara para a IA.
2. Escolha a ferramenta ideal para Vibe Coding
Aqui estão algumas ferramentas que já funcionam com o modelo “você escreve, a IA codifica”:
Editor de código com IA embutida.
Ideal para substituir o VS Code com recursos de geração, refatoração e explicações de código.
Suporta contextos maiores que o Copilot tradicional.
Ambiente completo de desenvolvimento online.
Você programa no navegador e interage com a IA enquanto escreve.
Suporte a várias linguagens, integração fácil com deploy.
Assistente de código dentro do VS Code.
Completa automaticamente funções, testes e até comentários explicativos.
Excelente para quem já usa Git e trabalha em repositórios.
[ChatGPT, Claude, Gemini]
Ferramentas mais livres para gerar blocos de código sob demanda.
Você pode usá-las para criar snippets, revisar, explicar e até debugar.
Combine com o seu editor preferido para uma experiência poderosa.
3. Gere código e revise iterativamente
Agora é hora de interagir com a IA. O processo básico é:
Prompt: descreva o que deseja.
Código gerado: a IA entrega a estrutura funcional.
Testes: execute e veja se atende ao esperado.
Feedback: peça ajustes ou melhorias específicas.
Exemplo de prompt:
"Crie um backend Flask com um endpoint GET que retorna a lista de produtos a partir de um banco SQLite. Inclua tratamento de erro e logging."
Exemplo de ajuste após teste:
“Adicione autenticação via token JWT.”“Melhore o nome das variáveis para refletirem boas práticas.”“Me explique como está implementado o tratamento de erros.”
4. Divida projetos em partes menores
Evite sobrecarregar a IA pedindo um sistema inteiro de uma vez. Trabalhe em partes:
Primeiro a estrutura base do app
Depois os endpoints
Em seguida, a autenticação
Depois testes, documentação, etc.
Esse fluxo incremental aumenta a precisão do código gerado e permite maior controle da qualidade.
5. Refatore e valide o código gerado
Mesmo com IA ajudando, é essencial:
Revisar cada função
Adicionar testes automatizados
Rodar ferramentas como linters, formatadores e analisadores de segurança
Dica: peça para a própria IA gerar os testes com Pytest, JUnit, etc.
Boas práticas com Vibe Coding
Use comentários nos prompts: “adicione docstring”, “explique a lógica”
Guarde os prompts usados para reproduzir versões ou revisar ideias
Combine com ferramentas de versionamento (como GitHub) para manter controle
Conclusão: Codar com vibe é o futuro?
Vibe Coding não é apenas um atalho. É uma nova abordagem de desenvolvimento, onde a colaboração entre humanos e IA acelera a criação de software com mais liberdade, menos burocracia e muito mais criatividade.
Você deixa de digitar por obrigação e passa a projetar soluções de forma fluida. Mas tenho algumas ressalvas quanto ao uso dessa metodologia, se pudemos chamar assim. Efetuando alguns testes e acompanhando relatos em alguns grupos, apesar da IA gerar um bom MVP ela pode deixar algumas brechas de segurança colocando todo o projeto em níveis altos de vulnerabilidade. A minha recomendação é que revise bem o código e dê atenção aos detalhes de segurança e pontos que possam colocar diretrizes de privacidade em risco.
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